Microdose de PunkYoga #19
Geopolítica em desencanto, instrumentos mágicos & tecnologias indígenas para viver bem
Por onde andei…
🤓 Recebi de presente da Mari Memo essa entrevista memorável da Hildegard Angel com o Pepe Escobar, um jornalista com uma visão de mundo invejável, que, mesmo já tendo visto todas as desgraças do planeta, parece incrivelmente de bem com a vida. Gostei do trecho em que ele conta que para suportar tanta injustiça e miséria humana, ele se lembra do equilíbrio do taoísmo e a da impermanência do budismo (sobre a qual eu escrevi na edição Mortífero nirvana).
😇 Achei curioso esse reels do professor Joseph Le Page comparando a tecnologia dos mudrás com um acelerador de partículas.
😊 Há algum tempo, comprei esse livro sobre mudrás, e fiquei impressionado ao descobrir que não é só o dedo do meio em riste que pode ser um gesto profundo e significativo. Esse é um dos meus mudrás preferidos:
🥸 Finalmente, assisti à Guerra Civil, com Wagner Moura, e achei um bom lembrete da farsa bizarra que é a democracia norte-americana.
🤯 Vendo o filme depois da entrevista do Pepe, não pude deixar de lembrar dos documentários do Adam Curtis, que tiram o véu da ilusão da geopolítica e revelam a cara feia da sociedade moderna. Até voltei a assistir a Can’t get you out of my head, a incrível série documental em seis partes que ele fez pra BBC (e que um abençoado disponibilizou com legenda em português no YouTube).
🤩 O meu iconic amigo Vinil me introduziu a esse vídeo fenomenal da Erykah Badu apresentando o seu estúdio e mostrando seus instrumentos mágicos na Vogue.
😳 Assisti chapado com o Alê o estraníssimo Sasquat Sunset, um filme mudo sobre uma família de Pés Grandes, que faz lembrar muito a nossa condição animal.
🤓 Também roubei da pilha de livros do Ale a obra A ridícula ideia de nunca mas te ver, biografia da Marie Curie escrita pela Rosa Montero, que, na verdade, é mais que uma biografia, porque a Rosa entrelaça a própria história dela com a da Marie.
😱 Comecei a Oficina de Arrepios ministrada pelo ídolo do assombro Oscar Nestarez. A ideia é aprender mais sobre escrita de horror. Sinto dizer, mas depois do Zé Ramalho Overdrive, vocês vão ser obrigados a ler mais ficções científicas macabras e psicóticas escritas por mim…
😈 Depois das primeiras aulas da oficina, já incluí na minha lista de filmes de terror: os recentes Martys e Skinamarink; e o antigos Nightbreed, do Clive Barker, e A metade negra, do George Romero e Stephen King. Também tô ansioso pra começar a ler o romance Cupim, da espanhola Layla Martínez.
😷 Matei umas horas no trabalho pra assistir essa palestra de Medicinas Indígenas: tecnologias de cuidados em saúde e cura nos territórios indígenas, feita pelo Ministério da Saúde.
🤒 O João Paulo Tukano, que tá nessa palestra, já participou também de uma live promovida pela gente no Ciência Psicodélica. Gosto da visão que ele traz sobre o conceito de cura e doença.
😵💫 Adorei ouvir o Marcelo Leite falando no podcast Boa noite internet sobre a revolução dos psicodélicos. É uma das pouquíssimas pessoas da grande imprensa que se importa em escrever direito sobre dorgas.
🫠 Tô me esbaldando com os dramas da nobreza inglesa na série Mary & George, que o Vinil me indicou não porque é cheia de pegação gay, mas porque tem a Juliane Moore bafônica e alucicrazy fazendo de tudo pra tornar o filho o “preferido do rei” James I, numa história louca e real de manipulação.
🤓 Semana que vem tô fazendo as malas pra ir pra Campinas, porque vai rolar o Fórum Convergências Psicodélicas (olha a programação), que tô ajudando a organizar com o ICARO, grupo de pesquisas psicodélicas lá da Unicamp. Se tiver interesse, é de graça e aberto, mas se Campinas for muito longe, fica de olho no insta do grupo que se abrir transmissão online a gente avisa lá.
Posfácio
Pra você, que conseguiu sobreviver a essa edição da PunkYoga, gostaria de reforçar que esta é uma newsletter quinzenal. A ideia é publicar sexta-sim, sexta-não, mas essa já deve ser a terceira vez que publico num sábado. Fuén!
I’m sorry I can’t be perfect, como dizia o Simple Plan naquela música lá…
Tenha uma newsletter, e você vai entender como é difícil manter a periodicidade de algo cujo único retorno é a pureza e a resposta das crianças.
Não, tô zuando… faz muito bem à minha saúde mental, e é muito gratificante ter o privilégio de transformar a massa encefálica caótica do meu cérebro em algo que as pessoas leem e comentam. Muito obrigado, de coração, a você que me dedica esse tempo.
Mas adulto precisa pagar conta, né, gente!, e eu comecei um trabalho novo como editor do Medscape. É um site voltado para prática médica, então se você não é médico ou médica, provavelmente, não vai ter nada lá pra você, mas já tenho feito coisas legais sobre ciência. Vai ser uma aventura interessante, mas tem tomado grande parte da minha semana, o que faz com que eu não consiga publicar a newsletters às sextas.
Reparou, né, eu tô num morde & assopra sem fim aqui. Não quero parecer reclamão, já tem muita gente fazendo isso por mim no esgoto do twitter. Então, vou me despedindo antes que comece a refletir sobre o preço do azeite.
Obrigado por aparecer aqui, mostra pos migs se curtiu alguma coisa e me acha lá no insta.
Volto daqui a quinze dias com a edição longa da PunkYoga.
Vai pela sombra & fica na paz de Bowie.
Com amor & anarquia,
Nathan
tô afogando em trabalho porém amay todos os links :)
boa sorte na nova empreitada e obrigada pelos links! :)