16 Comentários
jul 13Curtido por Nathan E. Fernandes

Lembrei daquela frase de um autor latino (não lembro o nome) que foi repetida pelo Michel de Montaigne: enquanto eu estou vivo, a morte não está aqui, e quando ela chegar sou eu que não estarei. Portanto, a morte é algo que não me diz respeito. Acho que essa morte na qual a gente pensa de vez em quando ou sempre não é a morte real. No momento em que morremos já não somos mais, então não é possível pensar ou falar de uma coisa se você não tá mais aí pra ver do que se trata. Entenderam? Eu também não. 😁

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Olha que louco, esse foi um pensamento que eu tive bastante durante a escrita, tipo, por que me ocupar com algo que eu nem vou estar aqui pra ver haha ansiedade é fogo. Valeu pelo comentário, Paulo!

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ago 24Curtido por Nathan E. Fernandes

Atrasada no comentário mas reli esse texto em um momento que ele falou mais comigo. A primeira coisa que me veio foi que, no vipassana, não são só os pensamentos, as sensações e as emoções que são transitórios. Goenka fala da impermanência de todas as coisas. Inclusive a nossa.

E daí tem esse lance de todos os processos de transformação, e o pensamento de que sermos seres finitos não faz o menor sentido nos processos naturais. Caí até na tentação de começar a agendar coisas para a próxima vida, pois essa já está lotada. Mas parei com isso porque, afinal, e a presença?

E é isso. 🙂

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que bom que o texto te encontrou num momento bom, Pat... Espero que a gente sempre lembre da presença.

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jul 23Curtido por Nathan E. Fernandes

Eu já queria ler esse livro da Rosa e depois dessa newsletter só tenho mais certeza de que vou fazer isso logo menos. Eu li dois livros sobre luto recentemente que me deram um gatilho danado e eu entrei em crise de ansiedade e depressão. Logo em seguida, minha filha teve pneumonia e precisou internar. Eu via a morte em tudo, e continuo vendo. Acho que é só uma questão de se acostumar porque na verdade ela sempre está aqui, eu só não estava prestando atenção. O negócio é viver o melhor que a gente pode enquanto ela não vem se apresentar pessoalmente. Espero que demore.

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total! vamos viver tudo que há pra viver, como já dizia o lulu.

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jul 16Curtido por Nathan E. Fernandes

Admiro demais a forma como você conta histórias e traz reflexões tão incríveis através delas! Não só adorei conhecer um pouco dos seus avós como também me senti abraçada por toda a conversa. A morte é um tema difícil e, ao mesmo tempo, tão banal. Penso muito nela quanto mais uma das coisas que vão acontecer eventualmente e, por isso, considero que tenho uma relação até tranquila. Mas, ao mesmo tempo, ainda não passei por grandes perdas ao longo da vida, e acho que isso pode mudar muita coisa dentro de mim quando rolar. Espero conseguir lidar com ela com tranquilidade, mas também sem medo de sentir o vazio que ela deixa. Tudo faz parte do processo, acho 😊

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Que lindo, Virgínia, valeu mesmo! Pois é, às vezes eu to tranquilo em relação a isso, às vezes não. Acho que oscila haha mas acho interessante o exercício de refletir sobre isso. Obrigado por vir aqui refletir comigo <3

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jul 13Curtido por Nathan E. Fernandes

meu vô e minha vó já morreram. eu até hoje não superei a ausência deles. morro de tristeza pensando que meus bichos vão morrer. pra mim o pior da morte é o buraco que ela deixa, ou seja, a morte de quem eu amo. já a minha morte eu não temo. não vou estar aqui pra ver ;)

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Faz sentido! Mas penso também que eu iria odiar ver gente triste depois que eu morresse, inclusive acho velório mórbido demais, confesso que não me incomodaria se partisse com uma festa haha Valeu pelo comentário, Alessandra!

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se a morte é nossa unica ~certeza ~? entao não ha motivos para nos preocuparmos.... aaa aproveita seus avos, sinto saudades dos meus todos os dias <3 criaturinhas magicas!

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penso assim também haha valeu demais!

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jul 12Curtido por Nathan E. Fernandes

Eu deveria consultar um soneto romântico pra me inspirar pra falar sobre a morte. Não há nenhuma beleza quando ela aparece.

Beleza existe na vida, com a consciência de sua finitude.

Meu avô morreu há 15 anos. A última década de vida dele acompanhamos a progressão do Alzheimer. Lembro de estar ao lado dele, aproveitando ao máximo seus resquícios de vida, tentando dialogar com imagens do seu passado.

Alguns já sabem, é bom lembrar, essa doença corrói a memória recente e poupa um pouco da memória antiga.

Curta seus velhinhos, brother, depois seremos nós.

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Só verdades! Já perdi um avô também há cinco anos, e sinto falta também. Tentando criar memórias boas com os outros avós.. Valeu demais, Rodrigo!

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jul 12Curtido por Nathan E. Fernandes

caralho, que texto absurdamente foda. parabéns mil vezes. amo pensar sobre a morte, mas nunca sei o que pensar sobre ela. foda demais.

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Valeu demais! Eu nunca sei o que pensar também, saiu isso haha

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